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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Comportamento - Papai e mamãe esta é para vcs!

5 coisas que você nunca deve dizer aos filhos (e o que isso pode causar)


A personalidade, o caráter e o comportamento da criança são influenciados por aquilo que ela ouve dos pais. As palavras dos pais exercem um poder extraordinário sobre a vida dos filhos, tanto para a formação de uma mente equilibrada, segura e confiante quanto para a destruição da autoestima.
"Não devermos incorrer no erro de classificar o efeito das palavras negativas como ‘maldição', ‘praga' ou ‘mau agouro'. A força de tais palavras reside na capacidade que possuem, por si só, de produzir uma estrutura emocional", explica Antonio Siqueira, autor do livro "50 coisas que os pais nunca devem dizer aos filhos", Habacuc Editorial. "Elas constituem dados psicológicos, que aos poucos vão determinando uma crença, um estado mental, um ambiente e uma história de vida".
Segundo Siqueira, a autoestima da criança é determinada pelo valor que os pais atribuem a ela, a qual tem necessidade intensa da aprovação e admiração deles. "Seu filho será, no sentido psíquico, o subproduto das palavras proferidas por você. Por isso, cuidado com as frases, afirmações e tudo o que disse a ele, porque o discurso dos pais é um dos modeladores do inconsciente do indivíduo".
Siqueira explica que o cuidado com as palavras é importante por dois motivos: primeiro, porque o desprezo dos pais representa perigo e desconforto físico. Segundo, no sentido psicológico e emocional, é complicado para a criança manter a confiança em si mesma se os próprios genitores não a tratam com respeito e dignidade.
Já que você é a pessoa que mais influencia a educação do seu filho, fique atento a estas frases e o que elas podem causar:
Que menino burro!
O burro é um animal que tem como única utilidade o transporte de cargas e pessoas. Um animal que apanha para trabalhar e quase sempre morre abandonado. "Dizer que seu filho é um burro é o mesmo que rebaixá-lo a uma existência infeliz. O mecanismo psicológico acionado é a repressão. Inconscientemente, ela começará a manifestar um comportamento estranho - hostilidade ou timidez - como resposta à ansiedade produzida pelo que ouviu dos pais", garante Siqueira.
Se perceber que seu filho não está indo bem na escola, diga-lhe: "Vejo que você anda disperso, que não está prestando atenção nas coisas como se deve. Você precisa interessa-se mais pelos estudos. Sei que você é inteligente e capaz, mas não está chegando aonde deveria".
Seja sempre o melhor
Quando você diz que seu filho tem de ser o melhor, está instigando a constituição de um espírito egoísta. A insistência para que ele vença sempre pode ainda prejudicá-lo de diversas outras maneiras. A cobrança pode levá-lo à ansiedade, causada pela preocupação constante em provar que é o primeiro em tudo. "Quando não alcança a expectativa projetada pelos pais, a criança começa a se sentir incapaz. Essa frustração é uma verdadeira fábrica de emoções negativas e o estágio seguinte possivelmente será a depressão", explica.
Eis um extraordinário incentivo ao seu filho: "Você tem dons naturais e habilidades para muitas coisas. Quem sabe você pode melhorar em algumas atividades em que ainda tem alguma limitação. Você não precisa se comparar nem competir com ninguém, mas poderá realizar muito mais do que fez até agora".
Pare de bancar o palhaço. Comporta-se!
Esse tipo de repreensão equivale a jogar um balde de água fria na vitalidade da criança, o que pode produzir sentimentos de culpa toda vez que ela disse algo engraçado e fizer alguém rir. "É o tipo de advertência que inibe a iniciativa da criança, uma vez que o bom humor geralmente está associado a uma mente inteligente e criativa", garante o autor.
Se notar uma tendência ao exagero nas alegres manifestações de seu filho, diga-lhe o seguinte: "Gosto da sua alegria e da sua disposição para fazer os outros rirem. Não sei como seria esta casa sem sua presença. Acho melhor você ser assim do que emburrado, só que, às vezes, você exagera um pouco".
Seu irmão nunca cria problemas, diferente de você...
Sempre haverá filhos mais competentes, mais rápidos, mais espertos ou mais talentosos que os outros. Isso é natural, porém com muita facilidade nos leva a fazer comparações injustas. Assim, em vez de se fixar nas limitações e incapacidades de seus filhos, concentre-se em perceber seus pontos fortes e suas qualidades.
Em vez de incentivar a competição entre seus filhos, prefira dizer: "Você é excelente com esse seu jeito de ser. Acredito no seu potencial e naquilo que é capaz de fazer, mas percebo que, às vezes, você faz coisas que acabam prejudicando a si mesmo".
Você é pequeno demais e muito fraco para fazer isso.
"É o tipo de frase que esmorece a criança, rouba-lhe o vigor e subtrai sua energia. Ela está toda empolgada para ajudar em alguma tarefa e é interrompida pelos pais com a declaração de que é incapaz, fraca e sem habilidade", afirma Siqueira. A criança sempre acreditará que realmente não consegue realizar nenhuma tarefa um pouco mais difícil porque é fraca, pequena e incapaz. É certo que existem muitas tarefas que uma criança não pode realizar pelos motivos expostos, mas ela não pode ser repelida dessa maneira. O maior problema é que esse pensamento pode acompanhá-la por toda a vida. Se isso ocorrer, a pessoa sempre verá a si mesmo como incompetente para atividades que exijam um pouco mais de esforço, seja ele físico ou mental.
Quando seu filho se apresentar para fazer algo além da própria capacidade, diga-lhe: "Que coragem! Não duvido que você seja capaz de fazer isso, mas eu gostaria que você poupasse um pouco suas forças para outro momento. Esse trabalho deve ser feito por mim ou por fulano".
Faça afirmações positivas sobre o comportamento de seu filho. Estimule a criança a buscar uma maneira de viver que agrade também aos outros. Quando ela se afastar muito do padrão adequado à boa convivência, imponha limites. "Estabelecer regras não aniquila a felicidade de ninguém e traz segurança. E não se esqueça de sempre dizer que o ama, porque o seu amor fará seu filho se sentir protegido", finaliza Siqueira.

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